Deixo hoje meu protesto, indignada que estou com os fatos ocorridos neste dia de hoje. Dessa vez não há nada de ficção, explicito apenas e nada menos a minha indignação, a raiva que dá esse sentimento de frustração. Fui ao centro da cidade resolver umas coisas com a minha avó e como já sabemos a violência corriqueira da cidade, colocamos o carro no estacionamento. PAGO. Colocamos o carro num estacionamento pago e na mala dele estava minha mochila com alguns pertences pessoais, dinheiro, documentos, cartão, meu óculos de grau, meu caderno... Ok, saímos do carro e na saída do estacionamento vi um cara descalço, olhando pra a gente. Na hora meu coração apertou, mas pensei comigo: "o que é isso, Carolina, para que essa desconfiança toda!?", e segui meu rumo. Resolvemos o que tínhamos que resolver e ao chegarmos ao carro demos conta de que este havia sido arrombado. Arrombado no estacionamento pago. O que mais me indigna, porém, é que o mesmo cara descalço do qual me culpei de ter julgado, estava a uma boa distância olhando a nossa reação. O vagabundo, miserável ainda ficou para assistir o baque causado. Sinceramente, o que de material foi roubado, sem dúvidas será recuperado, mas a tristeza que ficou, o desapontamento com o ser humano que praticou tal ato, não posso garantir quando irá passar de vez. Eu me pergunto: de quem é a culpa? Educação, oportunidades para todos, será que está nesse âmbito a chave da mudança ou é inerente ao ser humano a maldade? Se o homem é o lobo do homem, quem irá nos salvar dessa loucura, dessa insegurança que nos assalta, literalmente no assalta? Agradeço a Deus por termos sido livradas, eu e minha avó. Que o meliante faça bom proveito do pouco que roubou porque eu trabalho e outro dinheiro eu vou ganhar! Eu não vou me desesperar nem perder as esperanças, se há quem faça mal, há também quem faça bem, e de coração eu peço a Deus que dê a esse rapaz uma chance mais de ser alguém melhor. De resto é isso que deixo, minha deixa, minha queixa, meu desabafo, meu protesto! Eu estou bem, nada me atingiu e o que foi levado é só resto.
"Talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco..."
terça-feira, 26 de abril de 2011
terça-feira, 19 de abril de 2011
Girassol.
Eu já nem lembro mais se foi esse o caminho, a reta que tracei. Não lembro o que me fez tornar-me assim, o que no momento que eu precisei me reergueu. Já não sei mais se é defeito ou qualidade, já nem sei se é dor ou saudade que toda hora me invade, já nem sei e não há nada que possa fazer. Eu tenho tentado aprender com meus erros, meus acertos, minhas quedas, tropeços e levantes. Eu tenho tentado e tentando continuarei, seja como for, seguindo adiante. Não há nada cem por cento preciso, mas, sem dúvidas, é preciso seguir. Se calo, se guardo, observo, é porque a vida me ensinou que é melhor ser assim. Nem tudo deve ser dito, nem tudo precisa, necessariamente, ficar explícito; muitas vezes o valor se encontra naquilo que não é vulgarmente apresentado. Gestos singelos, atitudes sinceras, delicadeza, ser gentil, espalhar a gentileza, não paga nem faz mal a ninguém, ser feliz ao invés de ter a razão, faz muito bem também! Eu sei que só hoje é que sei, que nada é eterno, tudo simplesmente pode mudar, num piscar de olhos aquilo que era sólido pode desmoronar. Mas o que há dentro em mim, edifício, edifica toda a minha construção, a estrutura pode até balançar, mas a base é sólida, não me deixa cair não. Me baseio é no amor que tenho dentro de mim, sempre, ao meu redor, a força que me sustenta e me faz tentar sempre e mais, a luz que me indica a direção, que mantém em mim a esperança, que me faz olhar nos olhos, perceber uma sutil mudança. E assim sigo e sou, incerta, mas certeira, buscando sempre a luz, girassol.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
O que realmente importa para você?
O que realmente importa para você? Essa pergunta às vezes me ronda, quando me encontro rodeada por tantas futilidades, tantos valores deturpados; eu me questiono, meu Deus, o que há de errado com essa gente? Será que é difícil ver o óbvio? Será que é tão complicado assim valorizar o que realmente tem valor? Será que as pessoas, simplesmente não percebem que nem tudo pode ser comprado e que o desprezo causa tanta dor? Será que eu que sou sensível demais, ou será que as pessoas não se importam mesmo? Hoje em dia é tão raro ver alguém que verdadeiramente lute por seus ideais, que faça a diferença no mundo, ao seu redor. Será que morreu em nós a capacidade de sonhar (e concretizar), ou nos acomodamos pelo receio de talvez falhar? Às vezes, coisas que jamais esperaríamos que pudessem acontecer, simplesmente acontecem... E isso pode ser muito bom, ou muito ruim. O ser humano tem um falso conceito em si de que é capaz de controlar sua vida, a vida dos outros, o que pensa, sente, quer. Eu me pergunto se temos mesmo essa capacidade, ou na verdade temos é medo de sofrer. A vida está aí, sabe, e nem sempre espera estarmos suficientemente preparados para vivê-la, para superarmos os desafios que nos são impostos, é tudo muito fugaz, e ela pode ir de repente, sem que percebamos. Não estou com isso querendo incentivar a sangria desatada de viver a vida intensamente no estilo “sexo, drogas e rock’n roll”, não, nem julgo quem curte essa vibe de viver a vida alucinadamente sem pensar no amanhã, “Cada um sabe a dor e a delícia de ser quem se é”, mas o que ponho em questão é: vale mesmo à pena vivermos tão presos nesse medo, nessa insegurança e muitas vezes deixarmos de tentar ser feliz? E vale também a pena vivermos atropelando nossos sentimentos e escolhas, como se tudo fosse volátil como o éter? Creio que o equilíbrio é a melhor solução; mas quem se importa mesmo com o isso, não é mesmo? Precisamos de doses de loucura e sobriedade, precisamos alimentar nossas almas com ousadia e um pouco de dúvida. Ponderar é preciso, questionar, analisar. Um pouco que seja não faz mal. Amar, preocupar-nos, olhar um pouco para o lado e perceber quantos e quantos precisam de um pouco de atenção. Você precisa de um pouco de atenção. Então para que tanta cobrança, tanta desconfiança, tanta inquietação? Silencie um pouco, ouça o seu coração. Sei, você deve estar pensando, “lá vem ela com esse blablablá”, mas se pergunte, você tem se dado suficiente atenção? Você tem dado ouvido às pessoas próximas a você? Será que temos mesmo todo o tempo do mundo? Aproveite-se! Aproveite a si mesmo, às pessoas que você ama, àquelas que você nem ama tanto também. Nunca sabemos quanto tempo nos resta, quando, de repente, a vida pode nos pregar uma peça e fazer tudo virar de cabeça para baixo. Experimente um pouco ser mais feliz do que ter a razão. Deixe, simplesmente, alguém feliz. Será que faz tanto mal assim? Garanto que não tira pedaço e, para mim, faz bem e é um bocado, espalhar alegria e sorrisos. O que realmente importa para você? Ter, obter? É isso que você vai levar dentro de você? Creio eu que não. O que realmente fica em nós são as lembranças, as saudades, os sentimentos, os laços e elos que criamos com as pessoas, nada que você possa levar numa sacola. Não deixe o tempo passar, não espere a poeira “assentar”, não deixe seu amor ir embora sem ao menos tentar fazer dar certo. Lute pelos seus ideais, pelo que você crê. O tempo passa muito rápido, não deixe a vida passar por você, passe por ela e deixe as marcas dos seus passos pelo chão, ocupe espaço no coração das pessoas.
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