quarta-feira, 25 de maio de 2011

Muito difícil.

É que agora eu percebo que não entendo dessas coisas de querer, dessas coisas de amor, e te peço desculpas por não saber como agir; não saber a hora de parar, de seguir, dizer não, ou sim.  De repente nos demos conta de que nada mais é como antes, não nos vemos da mesma forma, não consigo acreditar em suas palavras e promessas já tão falhas e gastas. E também não consigo seguir em frente, não tenho sangue de barata; não posso simplesmente apagar em mim tudo aquilo que sonhei para a gente, tudo aquilo que em vão planejei, e rabisquei, e desenhei em minha mente, meus devaneios.
Eu só sei que tentei, mesmo sem saber o que fazer, tentei. Mesmo sem saber por onde ir, caminhei. Mesmo sem saber onde ia parar, continuei. Acreditei naquilo que julgava ser amor, naquilo que me fizeste acreditar ser amor, mas o que nem era assim tão doce, cedo, ou talvez já tarde, se acabou.
E quando acabou deixou esse vazio, esse frio que me faz tremer sem parar, esse desespero que me bate e me impede de pensar, traçar um novo rumo, continuar apesar de ter que ser sem você.  E além disso tem a saudade, esse aperto de não saber de ti, de mesmo longe sentir essa imensa vontade de querer fazer-te rir, não deixar desatar todos os nós, dos poucos que ainda restam daquilo que fomos nós.
É difícil continuar sozinha essa estrada que sonhei para trilharmos, é triste ser estrela tão sozinha nesse espaço, até o brilhar perde o sentido assim, sem você. Onde vou achar luz, espelho, para refletir, como vou me encontrar se seus olhos já não estão aqui? Se já não os posso mais ver? É difícil recomeçar, é muito difícil ser, quando ao meu lado não encontro mais você...

domingo, 15 de maio de 2011

Não encontrei.

Eu sei o que quero, sei onde quero ir e é justamente por isso que me angustio. Por não poder dizer-te por medo de ferir-te, que não existe um futuro entre nós. Entre nós, não se formam laços, entre nós, continuamos sós, nos indagamos a sós, perguntas e respostas distintas. Já foram tantas idas, tantas vindas, tantas vidas, tantas coisas por acontecer, mas esta certeza, simultaneamente me sufoca e me liberta, eu preciso ser, sem você.  Nem vou só, apenas vou. Não me questione porque, não tente compreender, apenas sei que é assim que tem que ser: eu sem você. Você por você, eu por mim, também não tente me convencer do contrário, não adiantaria, sou cabeça dura e você bem sabe disso. Eu me sinto inteira, você pela metade, um e meio não compreende o dois que eu esperava, na verdade. Era pra sermos dois, eu e você. E já, de pronto, vou-me com o vento, sem dizer adeus, até logo ou nunca mais. Vou dizendo-lhe muito obrigada, vou prometendo-lhe não olhar para trás, não por agora, pelo menos. Eu sei que você vai ficar bem, como também ficarei. Sei que encontrará o amor que tanto sonha, amor esse que até busquei em ti, mas não encontrei.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Meu lugar.

Nem tudo é como a gente quer, nem tudo, necessariamente, faz sempre sentido. Já fiz muita coisa que antes tinha prometido que não faria, perdi muitas apostas, errei muitas respostas, andei por trilhas opostas às quais tinha me dirigido, e, por isso, hoje digo: não há verdade absoluta de nada; ninguém é tão sábio que não possa dar uma topada, e se estabacar no meio do caminho.  Isso é uma coisa que a gente só aprende sozinho, levando na cara, pagando a língua, perdendo batalhas, mas não pense errado, te faz muito mais forte, te edifica, te prepara. Tem coisa que acontece. Acontece e a gente nem sabe por que. Tem hora que acontece da gente endoidecer e perder o sentido, o juízo, a razão. Tem coisa que simplesmente acontece, independente de lógica ou explicação. Mas acontece, geralmente, pra não dizer quase sempre, por um bom motivo, porque de alguma forma era preciso acontecer. Pois é preciso se perder, para se encontrar, e só hoje sei que as ruas que andei que me encaminharão ao que de melhor me espera, teu amor, meu amor, meu lugar.