sábado, 8 de janeiro de 2011

Conceição e Elias

Simplesmente, de forma prática, eficaz, coerente com a simplicidade da lógica, assim se deu. Sucedeu que bastaram dois encontros e poucas meias palavras para que se acertassem e concordassem com o casamento de idéias, intenções. Exatamente da forma contrária que as complicações que criamos das emoções, que sabotamos, assim que as encontramos, com falsas e inúteis explicações.
Bastou um olhar, Conceição, agradeceu! Finalmente acabara de encontrar a solução, sonho seu. Um amor, talvez. Um lugar tranquilo, um porto seguro onde abarcar no mar escuro, uma mão para apoiar. Desde muito cedo, sofrida, vivia a esperar, tranquila, esse dia chegar.
E Elias, tão sofrido quanto Conceição, tão vivido, tanta desilusão, disse sim. Não pra o amor, nem pra o medo que ele traz. Não pra dor, nem a angústia que é capaz de ferir, mas SIM, pra felicidade que poderia obter, para cumplicidade que sonhara ter, batendo à porta da sua casinha, sorrindo tímida, faceira, cabreira, mas sincera, palpável, real, Conceição na sua janela, esperando o fim do mal.
Espectadora como estava, Elias e Conceição admirava, pela simplicidade e coragem de continuar a viver, pois não há local ou idade, em qualquer circunstância, o amor pode acontecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário