domingo, 19 de dezembro de 2010

Fé.



O que me guia, o que me rege, fortalece,
Acende a luz que ilumina a alma,
Me faz ascender.
Fé para seguir, ir em busca, cair na luta
Fortalecer.
É tudo que tenho, quando falta o chão
E me fogem as palavras e some a direção,
Quando o coração não quer mais crer em nada,
Desilusão, me visita,
Mas logo vaza, 
Pois ponho a vassoura atrás da porta.
Porque o que não me mata me fortalece
E a decepção não me cala, me ensina a vencer
E a certeza que trago se deve à Fé.
A Fé que me salvou do abismo quando eu pisei
Numa corda bamba
Equilibrei
Na Fé
Que me faz melhor, me faz crescer
Não me deixa só, me faz crer
Que tudo um dia,
Tenho fé,
Será melhor.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Esse jogo de azar.


E de repente me bateu uma saudade
Uma vontade de te ver
E simplesmente me questiono se já é tarde
Se nada resta a dizer.
Eu só queria poder te ver por perto
Saber se agora está desperto
Se sente falta como eu;
Ou se para você eu não mais presto,
Se seu caminho está completo
Do jeito que não está o meu.
Seja como for, que seja
Não se alcança se não se almeja
E eu não me canso de tentar
Te tentar.
Mas que seja, 
Se assim tiver que ser
Não vou me conformar
Vou virar essa mesa
Muitas cartas na manga ainda me restam
Pra continuar a jogar
Esse jogo de amor
Esse jogo de azar.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

De graça.

A vida é pura graça pra quem se entrega e se dá de graça. É incrível, é palpável, é real, cada momento que passa te ultrapassa e te faz perceber melhor. Não há regra, não há absoluta verdade ou razão que explique aquilo que o coração tão sábio e tão igualmente desacreditado nos diz, sem darmos ao menos atenção.
O tempo é responsável, por nos mostrar o que de fato faz sentido. Passa o tempo, e paradoxalmente os olhos se apuram, a visão não é mais a mesma, um pouco mais nebulosa talvez, mas, sem dúvidas, mais certeira, nos indica aquilo que realmente vale a pena ser notado. A minha hipótese é que se forma uma conexão, uma ponte, entre os olhos da visão e os do coração e, portanto, tudo fica claro, com o passar do tempo.
Esse tempo que nos faz enxergar melhor, também é o responsável por nos fazer aprender, nos decepcionar e surpreender, porque é assim que se cresce, que de verde, a pessoa amadurece e fica no ponto de poder entender aquilo que outrora fazia sentido, mas que de repente, pode não fazer mais.
O que posso dizer? Que hoje acordei e tudo se esclareceu, amanheceu dentro de mim, meu coração sorriu e eu disse sim. Sim pra vida, pra o amor que aqui pulsa, sem direção, sem dono, sem razão, e me impulsiona a crer que é assim mesmo, a vida é assim. Eu sou assim. 
Não tão somente como crê ou como me vê. Aquele sorriso do retrato não me explica ou descreve, mas reflete, como um espelho, um pouco do que sou. Aquele recado, aquela lembrança, aquele cheiro que ficou gravado, um tanto assim de mim. O que tenho, o que visto, o que falo, pouco dizem , mas aquele olhar distraído, aquela risada incontida, aquela lágrima teimosa que caiu perdida, esses sim, escancaram a boca e falam de mim.
Os meus amigos, minha família, a minha melhor parte. Com eles alegrias e tristezas facilmente se repartem sem que eu simplesmente me dê conta, extravasam, fogem ao meu controle. Mas pra que se controlar, pra que se prender, se privar, se todo mundo quer é voar?
Abri os olhos, peguei as chaves, abri as janelas, e a partir de então, simplesmente, e não mais que de repente, deixei a sorte entrar. Tirei um pouco os pés do chão, e agora meu coração só quer voar.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Seus olhos.


Seus olhos me dizem mais do que quaisquer palavras, 
Muito mais do que você quer que eu saiba.
Me explicam sua alma, 
Te expõem em meio a esse palco sem  outros espectadores.
Te desnudam,
Me contam seus segredos, seus medos, anseios, sua dor, sua paz.
Não há como mentir, fingir, escapar, fugir, partir, negar. 


Está claro. Está certo. Está dito.
Seu pior pesadelo, me foi dito, fracassar. 
Seu maior erro, nem tentar. 
Meu melhor conselho:
 Vá. 
Siga em frente, vá à luta, meta o pé, grite, mude, agite, assuma sua postura.
 Seja. 
Seja o que seu coração almeja. 
Seja sincero, seja doce, seja honesto.
Tire a máscara. 
Impaciente-se,
Não espere que tudo caia do céu. 
Se você não se ajuda, se não bota a vida pra andar, 
Sua prece fica muda, mais distante de alcançar. 
E de repente,
Você verá,
Na vida, às vezes, as chances se repetem, 
Ainda há tempo para recomeçar.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Agora.


Agora sim, o tempo cumpriu o seu papel, e tudo, enfim, faz sentido.
Agora sim, eu posso te encarar sem morrer de medo,
Eu posso te contar aquele segredo
Que antes escondi, para não te perder,
Me perder,
Só agora.
Só agora, justamente agora,
Logo agora,
Eu percebi,
Já não me faz temer, ou tremer, ou fugir,
Agora,
Exatamente agora é hora de seguir.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Seu


Abra as portas, destranque esse coração, que por muito tempo tem dito não,
Fugindo, temendo, querendo, amor.
Aceite. Aceite, pois está ao seu alcance, e não canse, meu pequeno, de tentar.
Seu coração, seu tesouro. Sua canção, seu consolo.
Cante, espante esse medo,
Viaje, se for preciso, o mundo inteiro
Mas encontre a chave pra se abrir
Fugir da razão que o impede de sorrir e conquistar
O que é seu,
Liberdade.

domingo, 7 de novembro de 2010

Seja paciente, seja sapiente.

Hoje vou mudar um pouco as coisas por aqui. Vou deixar minha queixa, meu protesto, pois me nego a ver tanto absurdo e ficar calada. Hoje eu estou é indignada com tanta falta de amor. Cria, iludida, ingênua, utópica, que tinha escolhido uma profissão que valoriza o ser humano em sua complexidade, em seu universo de diferenças, pensamentos, cultura. 
Infelizmente, entretanto, hoje me surpreendi, mas não sem espanto, com a falta de humanidade que vi. A desumanização da área de saúde é fato, concreto, facilmente perceptível. As pessoas só se preocupam com o método, com que linha seguir. Pouquíssimos ainda ouvem, ainda enxergam, ainda pensam no paciente. Paciente este, um mundo a ser descoberto, respeitado, conhecido. 
Antes de escolher entre a teoria de Fulano de Tal ou de Sicraninho de Harvard; por que não olhar nos olhos do paciente que está bem na sua frente, doido para falar?
Olhar nos olhos minha gente, e não só ouvir, mas escutar. Compreender, permitir-se tentar ser um profissional além daqueles receita de bolo, pois destes saem milhares todos os anos das universidades. Buscar ser alguém além, como sempre digo: "Alguém além do superficial". Perceber que ninguém é igual, e todos querem sentir que são importantes. Então por que não, vocês que se dizem terapeutas, de todos os tipos (e não me excluo, pois serei também um dia, fisio - mas também - terapeuta), não passam a enxergar além da própria vaidade e ganância, as pessoas que chegam a vocês como pacientes? Seja paciente, seja sapiente, com o seu paciente.
Cabe a quem tem consciência, mudar, e fazer a diferença com a sua atitude. Não custa ser gentil, amoroso, delicado. Só faz bem à saúde e à alma de quem cuida e de quem é cuidado.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Mesmo assim, bem querer.

Você se fecha na sua toca
E nada te toca além da sua ilusão.
Você me diz que passou a hora,
Que o momento certo não é agora,
E não explica porque não.
Reclama da vida,
Reclama de tudo,
Declama frases prontas,
Decora porões escuros
Onde só quem entra é você.
E me diz que se sente só,
Que sente só em não poder viver
Seu sonho, seu plano, seu traço,
Sua vida, seu palco, seu estrago,
Que é não olhar pra os lados
E ainda assim se perder
No furacão estranho
Que é você.
Não dá pra te entender
Não dá pra te explicar
Já guardei em mim
O sonho que nasceu pra te dar
Mas você não quis
Mas você não riu
Mas você nem viu
Nem parou pra escutar
E já não há mais som
Já não há mais dons
Já não há mais eu, nem amor,
Bem querer.
"Cê" perdeu a cena
Não a viu passar
"Cê" se arrependeu
E já não há mais como o tempo
Que não era agora
Que já passou a hora
Voltar...

sábado, 30 de outubro de 2010

Sigo.


E eu?

Eu me agarro ao que tenho
Minha fé, minha luta, minha garra
Aceito o desafio e vou em frente
Tenho medo, mas mesmo incerta
Vou contente
Pois tenho um sonho 
E ele vale à pena
E minha estrada
Meu caminhar
É a minha recompensa,
Continuar, minha sina
Apesar de todo e qualquer pesar,
Não desanimar
Buscar meu intento.
Invento uma rota e vou à luta
Mantendo no rosto o sorriso
Que às vezes luto para conquistar
Mas conquisto
E sigo
E sempre sigo, 
Persisto
Tocando em frente.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Criem-se laços, desfaçam-se Nós.

Criem-se os laços
Desfaçam-se os nós
Pois não se pode prender
Aquilo que não se pode ter
Não se pode perder
O que nunca foi próprio
Não se pode acabar
O que não teve início
Nem relembrar
O que não foi vivido.
Deixe de lado as amarras
Deixe ir embora
O que não faz sentido
O que foi partido,
Como o cristal,
Não se cola
Nem se consola
Um sentimento
Que já foi bonito.
Acorda,
Desamarre as cordas
Que te impedem de continuar.
Ganhe asas
E não se esqueça de voar...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Calo.

Calo
Pois não há nada que possa dizer
Ou fazer para transformar o que pensas
Porque não depende de mim, mas de você
Para que mudes
A tua realidade, para esquecer as ofensas
Que foram ditas
Da boca para fora
No calor do momento
Que passou
E agora?
O que fazer para apagar o que não se apaga
Como afagar, se a mão agora cala
Um sentimento
Que se desfez.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

.

Que eu não endureça, mesmo convivendo com a frieza dos homens que não tem fé.
Que por mais difícil que pareça, eu não me entristeça nem pereça com toda a injustiça que vejo acontecer ao meu redor.
Que minha verdade não se cale, que a minha esperança se espalhe e que a hipocrisia não faça parte da lista dos meus muitos defeitos, com os quais preciso conviver para viver em paz comigo.
Que eu permaneça, por mais complicado que seja, focada nos meus sonhos, e que o medo do abandono, não me assalte nem por um segundo.
E que a ternura me abasteça com sua beleza e serenidade e que o rancor que apodrece, seja em longa ou breve idade,  nunca se instale em meu bobo, sábio, louco, poderoso e às vezes frágil coração.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ouse.


Perdemos muito tempo da nossa preciosa vida preocupados em demasia com a aceitação alheia. Não nos conhecemos, não nos buscamos. Permanecemos molhando apenas as pontas dos pés, ao invés de mergulhar fundo. Continuamos sendo o rebanho do consumo.
Consumimos amor, produtos de beleza, barras de cereal com gosto de coisa nenhuma,  amigos instantâneos, namorados por encomenda.
Vivemos bitolados  com trabalho, com o corpo, emagrecer, malhar, endurecer, não deixar cair, nem enrugar.
Brigamos contra o tempo o tempo todo, tentamos impedi-lo passar.  Queremos permanecer jovens o mais possível. Queremos deixar de ser criança o quanto antes.  E não mais respeitamos a sabedoria que a velhice traz embutida em meio aos cabelos brancos.
E é aqui que está o paradoxo. Adiantamos o nosso processo de amadurecimento - amadurecimento? -, ao mesmo tempo que criamos crianças precoces que aprendem que é preciso lutar contra o tempo, antes mesmo de vê-lo passar.
Estamos carentes.
Cada vez mais carentes, principalmente de atenção.
Família estruturada (mesmo que nem tão estruturada assim, porque família é família, não há como negar) hoje é artigo raro e felizes são os que ainda podem contar com o apoio dos pais, avós, irmãos. Os psicólogos viraram os nossos pais e mães, e o lexotan nosso melhor amigo. 
Pois amizade também, daquelas antigas, quando amigo era para alegria e tristeza, não só pra ir pra balada e tomar cerveja, não se encontra fácil por aí, não mais.
Não confiamos em ninguém além, nem em nós mesmos.
Deus então? Coitado, sofre e é um bocado com essa nossa confusão.
E esquecemo-nos de nos aceitarmos, imperfeitos, inseguros, desastrados como somos.
Doses homeopáticas de liberdade não são suficientes para alcançar a verdadeira dimensão da paz.
Nossos sonhos precisam de um pouco de loucura para serem realizados.
Se você não arrisca, perde a maior graça da festa.
Ria da mediocridade dos que não se permitem ser, e apenas baseiam os seus dias no obter.
A conta bancária da felicidade cresce a partir do momento que você deposita um centavo que seja a mais de ousadia. Ousadia para largar tudo; ousadia para agarrar com todas as forças, as chances que aparecem pelo nosso caminho.
Não tenha medo.
Não se limite. Vá em busca. Vá em frente. 
Até porque, atrás, vem gente, e o mundo não para de rodar se você não se decide.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tempos de entendimentos.

O tempo, a distância, 
Esses sim, 
São reis em decretar a mudança,
Em tornar suave a lembrança
Da dor que outrora me fazia chorar.
A saudade que hoje nem faz sentido,
Os sentimentos que não me preenchem mais
Muito menos me atormentam se pressinto
O que um dia já foi perigo:
Olhar teus olhos;
E, de repente, não te querer mais.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Luz, como você me disse.

Me faço luz para refletir,
Estrela,
Me faço som pra soar.
Fagulha, cisco, centelha
Pequena, miúda,
Faceira
Um grão de areia neste imenso mar.

Corro, grandes riscos,
Lutando contra o medo de arriscar.
Passou da hora,
Vou-me agora, pois
É tempo de mundanças, andanças
Mudar

A roupa, a casa, o disco
A cor, a flor, o amor.
Andar sem parar para pensar
No que ficou, no que restou.

Carrego apenas a promessa
No coração, paz,
Vou tranquila, já, sem pressa,
Fazendo prece, fortalecendo,
Brilhando a esperança, no olhar.

Seguindo sem preocupar,
Agindo antes mesmo de falar,
Transmitindo
A firmeza que a certeza me traz.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Borboleteando.

Ousei.
Voei todos os céus, 
Cada canto do mundo,
E se hoje aqui me encontro,
Se vim ao seu encontro,
Foi porque meu coração me indicou este lugar.
Não nasci para te agradar,
Nem perco tempo querendo te enganar.
O que não está ao meu alcance,
Busco,
E não me canso enquanto não alcançar.
Ainda não sei o que a vida me reserva,
Ainda não sei o que me espera,
Mas sei que já é quase primavera,
Logo começam as noites de quimeras,
Lua exata,
Tempo certo,
De minha semente plantar.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Andanças.



Objetivos, metas, intentos.
Invento.
Busco,
Canso, não descanso, nem lamento.
Tento.
E um dia consigo,
Pois persisto
E insisto
Em alcançar
O que pretendo
E não me prendo
Àquilo que me fere
Ou se refere ao que não me faz sentido.


"Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado."

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Equilíbrio.

Apesar de racional, sou mulher,
Logo, emoção é o que não falta,
E a insegurança sempre me assalta
Mesmo tendo muita fé.
Vivo na corda bamba,
Me equilibro,
Louca e santa,
Entre a praticidade e a emoção
Entre a intensidade e a pretensão
Que minha razão ousa, noite e dia, em afirmar.
Sou mistério até pra mim
Complexa,
Silêncio e trovão
Calmaria e vulcão
Yn Yang
Doce e sal,
Mas só se olhar bem de perto poderá observar.
Tenho em meu caminho muita terra para andar
Muito fogo pra queimar,
Oceanos pra fluir, vendavais pra acalmar.
Sol e Lua
Céu e mar.
Bruxa, fera, anjo, mulher.
Por fora sóbria, calculista, fria, por dentro chama, ebulição, ígnea.
Busco, incansável, paz, sabedoria,
A compreensão que disperse esta agonia
A certeza que trago em mim, poesia
Que enquanto distraem-se os opostos, atraem-se os dispostos,
Que se encontram pra se completar.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sol em Vênus

Os ventos mudaram a direção, o tempo provou minha decisão. Até o horóscopo me disse que tudo vai dar certo; o Sol entrou em Vênus e Mercúrio, meu regente, e os meus sonhos estarão mais perto de mim daqui para frente. A estação mudará em um mês, esse vento frio vai me deixar em paz, dessa vez, de vez. Os campos vão florir, o céu vai se abrir. Sei, a vida, também, vai sorrir pra mim; sei a felicidade não está só dentro, mas também cada vez mais perto de mim.
Por muito tempo vivi morta, de medo, pisando no freio, olhando pelo retrovisor. Mas a mudança é a nossa única constância e por segurança, aperte o cinto, feche os olhos, pois vou meter o pé no acelerador.
Se você achar que me perdi, é verdade, faz tempo que nem eu me acho e não me encontro em lugar qualquer. Nem em sonhos sequer tenho aparecido e viajo no tempo em última frequência. Dei uns pulos no futuro e gostei do que vi. Nada mais será como antes, o que hoje é rocha, amanhã, poeira; o que hoje é horizonte distante amanhã será logo aqui.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Seja.



Perceba, 
Não perca os detalhes, 
Que estão ao seu redor 
E fazem toda diferença.
Não perca a oportunidade de fazer a diferença.
Abuse da graça, 
Mas não do sol, 
Do sal,
Nem do tempero.
Liberte-se da futilidade fatal, 
Da falta de conceito.
Surpreenda, 
De preferência positivamente,
Abra sua mente
Olhe para o lado, 
Como não tem feito,
Tome uma postura, 
Fuja da regra,
Fuja da massa, 
Corra atrás do que você deseja
E sempre seja
Nem que seja um extra-terrestre
Porque, na Terra,  
Valores e moral, são coisas fajutas; 
Ideologia é artigo raro,
Humildade, falta na conduta.



segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ele só queria saber como...

Precisava se agarrar a algo que fosse real
Sólido, ou ao menos que não o fizesse sentir-se tão mal.
Certezas? De nada, para que tanta razão,
Por que tanta explicação, se, no fim das contas,
Nada mais faz sentido?!
Nem os sentimentos mais fazem,
Dores antigas, amores ultrapassados,
Falsos conceitos que de nada lhe valem.
Ele queria fugir,
Ele tentava escapar,
No fundo o que mais queria era conseguir
Fazer sua realidade mudar.
No fundo o que mais temia
Era jamais permitir-se, 
Por uma única vez que fosse,
Saber o que é amar.


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Deixo aqui meu protesto!

Das poucas coisas que realmente me tiram do sério, o egoísmo das pessoas talvez seja a que mais me indigne e maltrate.
Pelo fato de crer, que por pior que seja alguém, sempre há de haver um resquício que seja de bondade em seu ser, minha ideologia, minha utopia, não aceita a maldade de manipular os outros para a satisfação de anseios próprios; para mim, uma violação dos direitos de ir e vir, do livre-arbítrio que todos temos.
Amar relaciona-se intimamente com a liberdade de escolher, de optar por estar com alguém para o que der e vier, não uma imposição, um dever, um "trabalho" forçado e carregado de reprimendas e coibição!
Meu Deus, como assistir a tudo isso calada? Como, simplesmente, não ficar indignada?
Sinto muito, mas não consigo. Sigo a cada dia tentando "acertar'', dando o melhor de mim, o melhor que posso dar, respeitando o espaço e a escolha do próximo, e me calar em meio a tanto desrespeito, eu não aceito.
Afinal de contas, nasci com a característica de "ver além", além do superficial, além do "por que não" e creio verdadeiramente que podemos ser melhores "apesar de".
Simplesmente precisava colocar isso pra fora.
Onde foi parar o verdadeiro amor?

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Só hoje me dei conta

 




Perdi o tempo que me era livre
Buscando, tola, a liberdade que não existe.

Às vezes perder-se é o melhor caminho.






terça-feira, 27 de julho de 2010

Surpreenda

Não se precipite
Não despenque deste precipício
Deixe a pressa passar.

Não perca a calma.
Perca as chaves, o controle,
Só não perca a chance de fazer tudo mudar.

Está nas suas mãos a possibilidade
Está ao seu alcance a oportunidade
Permita que o tempo pare.

Enquanto os olhos piscam
Muitos detalhes passam desapercebidos
Olhe ao seu redor, perceba, sinta
Observe

Surpreenda.

Só não se prenda àquilo que não vale.
Há pena, há perdão, amor ainda há
Se você souber olhar 
Se você quiser e buscar
Se aceitar ir tão longe,onde poucos vão.
Se você ainda puder seguir seus sonhos, sua intuição.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Catch a fire.

Elos frágeis, cedo ou tarde, acabam por se romper.
Estava frio e num súbito de loucura, não pude me deter.
Incendiei.
Exatamente, incendiei.
Toquei fogo em tudo que não valia a pena.
Num sortilégio antigo, libertei-me.
Juntei todas aquelas velhas lembranças empoeiradas e emboloradas e fiz uma bela fogueira.
Tomei cuidado para não me esquecer de nada que pudesse servir para alimentar o fogo: mágoas passadas, lindas histórias frustradas, amigos fantasmas, desilusões, desamor.
Aproveitei para me livrar inclusive das falsas palavras, dos cínicos sorrisos, da postura discreta que cretinamente tentam nos impor a adotar.
Queimei tudo.
Todas as dores do mundo, todos os horrores que a minha alma trazia guardados no fundo, num fundo falso.
Queimei e depois soprei as cinzas, para que o vento com elas levasse qualquer vestígio ou sinal daquilo que já não me cabe, que me traz asco, que me faz mal.
E vi que o peso diminuiu, meu coração anda mais leve.
E a partir de agora tudo que não me fizer bem, mesmo que seja um mal breve, queimarei sem dó nem delongas.
Incendiarei.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Não por acaso

Eu estou aqui
E não é por acaso
Que eu vim
Ao teu encontro
Teu peito, teu quarto.

Vim porque ao teu lado
Sei que tudo está certo,
Pois com você meu mundo
É como um oásis em meio ao deserto
E só assim meu dia tem sentido.

Basta teu sorriso
Para vida se encher de cor
Só preciso estar contigo
Para ter certeza de que a vida
É muito mais bem vivida
Quando se é possível morrer de amor.

domingo, 18 de julho de 2010

Procura-se

Procuro por mim mesma, que perdi não sei onde, nem com quem, nem por que.
Sei que hoje de manhã, não me achei;
Revirei a casa toda, os armários,
Vasculhei os baús empoeirados, onde guardo as lembranças;
Até nos cantinhos escuros,
E nem sinal de mim.

Se alguém encontrar por aí alguma pista, detalhe, sinal, por favor, avise-me, com ligeireza.
Pois, talvez, um pouco de demora que seja, pode ser fatal.





segunda-feira, 12 de julho de 2010

Desabafo

       Mais do que nunca, eu preciso curar essas dores, e o primeiro passo é um bom desabafo seguido de choro, um abraço e uma xícara de chá bem quente, para confortar a alma e acalmar o coração.
       O silêncio falou-me alto em meu sentimento, uma resposta inesperada, inexplicável, sonora, fria... 
       Você saiu e esqueceu de fechar a porta, não olhou para atrás. O frio veio com a madrugada, a insônia, a ausência, a necessidade de você, da sua voz, suas brincadeiras para camuflar sua insegurança, seu cheiro, sua pele. Seu riso fácil, seu riso certo...
      Disfarço, rio, e na verdade, deserto.
      Não há o que fazer, senão me acostumar a não te ter mais por perto. De longe permanecerei altiva, falsamente imune às expectativas dos que esperam me ver sofrer e, na espreita, ficam. Quem se aproximar verá, porém, que nada mais é como foi, eu não sou mais quem era.
     E o tempo vai passar,  a vida permanecerá seguindo seu curso, conquistarei outros rumos, ultrapassarei os muros, o vento continuará a soprar. Em pouco tempo, garanto, nada mais restará de você em mim, apenas as minhas lembranças, que já nem sei se quero mais lembrar.

domingo, 11 de julho de 2010

Sem que me desse conta.

Li, nos teus olhos, a lembrança amarga de doces tempos.
Tempos estes em que éramos ingênuos, imaturos, felizes...
Quando eu sabia que te tinha, longe ou perto,
Quando era certa a tua presença nos meus dias de loucura ou sobriedade.

O tempo passou, como tudo sempre passa,
A vida seguiu,
O destino cotinuou seu traçado.

Nossos caminhos não se cruzam mais
Nossos planos não são mais os mesmos.
E a imprevisibilidade dos fatos ficou amortecida na correria do dia-a-dia.

Perdi-te e nem vi.
Perdemo-nos sem nos notar.
E a distância que nos separa, seja ela apenas física ou não,
Trouxe-me hoje essa angústia
De, simplesmente, não saber de ti.

Nossa canção que era suave,
Nossa paixão que era forte,
Foi-se embora e me deixou sem norte,
Sem chão, sem direção.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Empurrão




Se você não cresce por si só,
A vida te empurra a crescer.
O importante é não parar,
Continuar apesar de qualquer pesar,
Sem jamais esmorecer.
Ir, voltar, partir, ficar,
Faz parte...
Mais ou tão importante quanto a chegada
É o caminho que se percorre
E não importa se você corre,
Para no meio do caminho, desiste ou vai na contramão;
Buscar é a lei
Pra quem quer ser alguém além
Do superficial.

by: Carolina Lima